terça-feira, 18 de agosto de 2009

QUANDO DEUS DIZ NÃO




O profeta Moisés que por quarenta anos conduziu um povo rebelde no deserto; falou com Deus face a face e recebeu de suas mãos as primeiras tabuas da lei; fez grandes maravilhas, foi penalizado por um pecado que aos olhos humanos parece ser insignificante. Deus o impediu de entrar e possuir a terra prometida, dizendo-lhe não. “Rogo-te que me deixes passar, para que eu veja esta boa terra que está dalém do Jordão, esta boa região montanhosa e o Líbano. Porém o Senhor indignou-se muito contra mim, por vossa causa, e não me ouviu; antes, me disse: Basta! Não me fales mais nisto. Sobe ao cimo de Pisga, levanta os olhos para o ocidente, e para o norte, e para o sul, e para o oriente e contempla com os próprios olhos, porque não passarás este Jordão.” (Dt 3:25 a 27).
Quando Deus diz não, ele exerce tanto a sua justiça que é humanamente incompreensível, quanto a sua misericórdia libertadora salvadora, que também não conseguimos entender.
Era preciso alguém mais jovem, destemido, mas com experiência de comando para continuar a conduzir o povo hebreu à terra prometida. Ali esse comandante haveria de enfrentar muitas e sangrentas batalhas e que aos olhos de Deus, para Moisés seria muito penoso. Sabemos que nossa suficiência vem de Deus, mas ao dizer não a Moisés, Ele o livrou das guerras com os gigantes Felisteus, com os Amorreus, com os Jebuseus etc. Moisés já quebrantado e sabedor do cuidado de Deus aceitou com resignação e convicto de que o melhor ainda estava por vir. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
O não de Deus também é uma resposta positiva e também nos traz conforto e bem estar. É preciso ter discernimento para entender que a perda de algo ou alguém e também o fracasso de algum ideal que ao nosso ver seria proveitoso, é parte do plano perfeito dEle para nossa vida. O não de Deus é também uma forma de nos poupar-nos de tribulações futuras, ou de algum problema que nos impede de ter uma comunhão mais intima e estreita com Ele.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Paz,o Motivo da Guerra



Os animais lutam, mas não fazem guerra. O homem é o único primata que planeja o extermínio dentro de sua própria espécie e o executa entusiasticamente e em grandes dimensões. A guerra é uma de suas invenções mais importantes; a capacidade de estabelecer acordos de paz é provavelmente uma conquista posterior.
Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados. A guerra pode ocorrer entre paises ou entre grupos menores como facções dentro do mesmo país.
Os motivos são os mais diversos
Etnia e Religião - Estas motivações podem ocorrer em conjunto ou separadamente. Conflitos com motivações étnicas e religiosas são o tipo mais antigo e permanecem atuais. O apelo étnico e religioso “justifica” o conflito como um dever histórico, o passado “fundamenta” a guerra no presente. Motivações deste tipo frequentemente geram abusos e genocídeos Sua lógica precede a lógica política e de Estado.
Em geral as nações ocidentais não se orientam por este fator. Falhas graves de análise da complexidade cultural em determinados conflitos geraram alguns dos maiores desastres humanitários do século, como em Ruanda.
Política e Economia - Historicamente a Europa e os Estados ocidentais travam este tipo de conflito. Orientados por uma lógica financeira e de Estado, conflitos deste tipo tendem a ser calculados em função de seu custo e benefício. Tem por objetivo a conquista de territórios, recursos e mercados ou a eliminação de sistemas políticos rivais. Quando bem planejadas, os alvos são claramente definidos (infra-estrutura) e as ações militares buscam a resolução mais rápida possível, minimizando baixas e custos.
Na america do sul ja existe um clima de guerra, devido ao estabelecimento de bases militares Americanas na Colombia. Essa guerra esta contida ainda no campo das palavras, das divergencias de ideias e ideais. Está contida no jogo de intereses politicos e economicos de lideres das nações sulamericanas.
O Brasil por sua vez tenta diminuir o animo e o “tom” dos dircursos, propagando a paz: “Somente com diálogo pacífico chegarmos a um acordo”.
Mas sera que é isso mesmo? Como promover a paz? Podemos pensar... Sem guerra não há paz.
Como comemorar o diploma sem a guerra do aprendizado e das notas? Como plantarmos a bandeira no pico da montanha sem a guerra da subida? Como erguer o trofeu da vitoria sem a guerra da disputa?
Para promover a paz é necessário passarmos pelas dores da guerra. Um soldado não é coroado heroi, sem ir a guerra. E não seremos pacificadores se não lutarmos a guerra de cada um de nós.
A nossa guerra está presente no nosso dia-a-dia. Vivemos em guerra no trabalho, na familia, na sociedade, enfim em todos os momentos. Mas nossa guerra maior é aquela travada contra nós mesmos. O conflito de parecer, mas não ser; o de ser o que não somos; fazer o que não convém, sabendo das consequencias; ou de não querer fazer mas não ter forças para resistir e acabar caindo. Isso tudo nos consome e é a mais longa e sangrenta entre todas as guerras. A batalha interior nos persegue por toda a vida mas nos dá a cada dia o sabor e a certeza da vitória. Ser um pacificador é antes de tudo ser um guerreiro. Antes de levarmos a paz a outros, devemos vencer os nossos desafios, os nossos medos, o nosso ego, nossa prepotência, arrogância, autosuficiência e isso somente será possivel se estivermos em Cristo.
A nossa luta não é contra carne ou sangue, mas em Deus somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.